Os Viajantes e as localidades da região no século XIX

 

 

John Mawe

(1809-1810)

Langsdorff

(1813-1821)

Saint-Hilaire

(1816-1822)

Spix e Martius

(1817-1820)

Luccock

(1816-1818)

 

    As terras fluminenses, no século XIX, foram percorridas por significativo número de viajantes. Alguns indicadores foram formulados para delimitar nosso campo de estudo, buscando tornar esta tarefa ao mesmo tempo proveitosa e exeqüível. Delineiam-se, portanto, três parâmetros básicos:
- as biografias desses viajantes e os relatos de sua experiência na região;
- livros publicados, traduzidos para o português, o espanhol ou o inglês.

    Haja vista a vasta literatura em italiano, francês, alemão e dinamarquês, ainda não traduzida para o nosso idioma.

    No entanto, os três parâmetros traçados ainda incluem uma gama bastante intensa de literatura, na medida em que neste período, partindo do Porto do Rio de Janeiro, as viagens se realizavam por dois caminhos básicos, ambos atravessando as localidades que hoje constituem a Baixada Fluminense - o caminho da terra e o
caminho fluvial.

    Embora não tenham se constituído como uma
divisão rígida
, os relatos estão organizados em dois grupos, a partir do interesse que a região despertava entre os viajantes:

- relatos dos naturalistas, em cuja categoria se encontram as fontes: Saint-Hilaire, Spix e Martius;
- relatos dos comerciantes e outras atividades, em especial: John Mawe e Luccock.

    O cônsul-geral do império russo, Barão G.H. von Langsdorff, constituiu um caso à parte, pelo fato de ter residido na região. A famosa
Fazenda Mandioca, relatada por vários viajantes, se situava na localidade de Inhomirim, o que possibilitou a descrição mais pormenorizada da região por Spix e Martius, Luccock, Saint-Hilaire e outros.

    O motivo de vários viajantes, entre os quais os últimos citados, terem percorrido o mesmo caminho, no máximo com apenas algumas variantes através de trilhas ou rios menores, deve-se ao fato de que os caminhos até o interior do país não se constituíam numa escolha, mas necessariamente passavam por uma das variantes do
Caminho Novo, aberto em meados do século XVII: o trajeto através dos rios - destacando-se primeiramente o caminho pelo rio Pilar e, a seguir, pelo rio Inhomirim, onde se situava o Porto Estrela - e pelas estradas de terra reservadas aos muares, conhecendo seus portos, suas almas, suas atividades comerciais, sua natureza tropical.

    Os naturalistas não empreenderam expedições a locais desconhecidos, no trajeto às Minas. No entanto, pela característica de serem "alguém de fora", a viagem toda se tornou objeto de sua observação, e não apenas marcos como as paradas, os pontos de partida e chegada.


 

John Mawe

(1809-1810)

Langsdorff

(1813-1821)

Saint-Hilaire

(1816-1822)

Spix e Martius

(1817-1820)

Luccock

(1816-1818)